O meu olhar encontra o teu
e palavras não são
para serem ditas.
Fecho os olhos.
A tarde é insolente.
Deverias tocar-me,
vestir a minha pele
como tua, reclamar
o meu corpo como teu,
abraçar-me demoradamente.
Mas a minha pele são chamas.
São chamas que não consegues apagar,
que te tentam
e queimam,
continuamente.
Nasceu no Brasil em 1995, vive em Portugal desde de 2004. Sempre um grande amante da literatura, especialmente da poesia. Adora o trabalho de diversos escritores, mas a sua paixão reside nas palavras de Louise Glück, de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Clarice Lispector. Tem como inspiração os seus três gatos.
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