Não é o tempo que nos molda com o seu saber,
é o rio profundo e calmo do Sonhar.
Não somos horas silenciosas sem perceber,
somos montanhas de medos para apagar.
Não é o Sonho acordado
e real que nos comanda.
É o Sonho incerto e demorado
que nos abraça e abranda.
Palavra esta grandiosa que é o Sonhar,
que vive em mim como um vício,
vicio este de tanto esperar,
Sonho este de tão lento início.
A vida torna-nos tão perdidos
num caminho de alma agitada.
Nunca seremos vencidos
por Sonhar de alma libertada.
Lentamente, caminho de encontro a ti,
Sonho, assim, de esperar o futuro,
cheia da esperança que não vivi
nos certos e errados que misturo.
Não consigo explicar este vício de Sonhar,
vício este que me alimenta de grata inspiração,
nesta dança de amar e estranhar
num tempo que nos molda sem perdão.