O lado cer(TU)

Quantas vezes jurámos que ia dar certo e não deu? Quantas vezes vimos o nosso «para sempre» desmoronar-se à nossa frente? E quantas vezes foi preciso dar errado até dar certo?

Desde que nascemos que a sociedade imprime uma série de códigos e condutas que devemos seguir como sendo o que está certo. De tantas vezes ouvir: «Não faças isto»; «Não podes fazer aquilo»; «Não te comportes assim»; «Tens de te comportar assado», acabamos por cristalizar no nosso subconsciente esses comportamentos como sendo os certos. Mas nem sempre o certo para os outros também tem de o ser para nós.

Muitas vezes, só em adultos é que conseguimos constatar isso. É quando a vida nos obriga a parar, que surgem perguntas como: Por que é que nada dá certo comigo? Por que é que eu nunca me sinto suficiente? Por que é que eu preciso da aprovação dos outros?

Fácil. Porque passamos demasiado tempo a tentar fazer certo para os outros e a perceber que isso é errado para nós.

Num mundo onde as opiniões dos outros muitas vezes pesam sobre os ombros, é imperativo lembrarmo-nos de que a jornada pessoal é um terreno sagrado que pertence exclusivamente a cada um. É fácil perder-se na cacofonia das expectativas sociais, mas a verdadeira transformação ocorre quando se tem a coragem de deixar para trás as opiniões alheias e abraçar o desconhecido.

Cada passo na direção do lado certo exige coragem. Significa desafiar as normas estabelecidas e resistir à pressão de conformar-se. É uma jornada de autodescoberta, onde a verdadeira força reside na capacidade de acreditar em si mesmo. À medida que se libertam das amarras do julgamento externo, começamos a encontrar a liberdade para florescer no terreno fértil das nossas próprias aspirações.

A vida é um labirinto complexo, cheio de encruzilhadas que nos desafia a escolher entre o que é socialmente aceite e o que é verdadeiramente significativo para nós. O lado certo, muitas vezes, reside nas escolhas que nos fazem sentir vivos e conectados com o nosso propósito mais profundo. É crucial aceitar que a felicidade não é uma fórmula única, mas sim a soma das escolhas autênticas que fazemos ao longo da nossa jornada.

O lado certo está em alinhar-se consigo mesma. Pode ser desafiador, pois implica desbravar territórios desconhecidos e desafiar as expectativas daqueles que nos rodeiam. No entanto, só ao seguir o coração e perseguir os sonhos pessoais é que se pode alcançar uma satisfação duradoura.

A verdadeira transformação começa quando se abraça o lado certo, quando se abraça a autenticidade que reside no âmago de cada ser. A busca pela felicidade é uma jornada contínua, mas ao seguir o caminho único que pertence a cada um, abre-se a porta para uma vida plena e significativa.

Viver autenticamente é o único lado certo de cada um. Na jornada em direção ao lado certo, encontrarão não apenas a felicidade, mas também a plenitude que só pode ser alcançada quando se vive de acordo com a própria verdade interior.

Em última análise, a vida é uma oportunidade para sermos os donos das nossas escolhas, e o lado certo é o caminho que nós queiramos que seja. É no alinhamento com o verdadeiro eu que a magia da transformação pessoal floresce.

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AUTOR(A)
Júlia Domingues

Júlia Domingues, nasceu em 1977, Lisboa, Portugal. É a autora da página de facebook, Só que não, que conta, no somatório das redes sociais, com uma comunidade de perto de 1 milhão de seguidores.

Em 2020, publica o primeiro livro, Acredita, a vida sabe o que faz, e em Dezembro do mesmo ano publica o segundo livro, Acredita, o melhor está para vir (o calendário de Advento).

Em 2020 conclui a Certificação Internacional em Storytelling, pela Mcsill Story Studio, e em 2021 e torna-se sua parceira internacional. É facilitadora de cursos, palestras e workshops na área da escrita motivacional e de desenvolvimento pessoal.

Recentemente, publicou o terceiro livro Com o amor dos outros, posso eu bem.

O segredo da sua escrita? Júlia Domingues não escreve para os leitores, ela fala com eles.

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