Todos procuramos o lado certo da vida.
Nestes tempos conturbados, porém, vivemos cheios de incertezas. Já esquecemos o passado a que nos queremos agarrar com saudosismo, mentalizando-nos que teria sido melhor ficar lá atrás no tempo. Ficamos presos no pretérito e desenhamos um futuro incógnito na nossa mente.
Porém, nada nos traz respostas a esta questão: qual é o lado certo? Seja quanto ao que nos move, ao que percecionamos, aos nossos pensamentos e juízos de valor.
Dentro do errado/incerto haverá sempre o “reverso da medalha”.
Nos caminhos da vida nem sempre o que nos parece correto nos ditará a melhor solução. Nas encruzilhadas, muitas vezes somos confundidos pela nossa mente formatada pelas crenças limitadoras que a sociedade nos impôs.
Às vezes erramos e fazemos más escolhas movidos pelo cego encalço da certeza.
Porque tudo é efémero e as circunstâncias passam céleres, deixando-nos aquela sensação de desequilíbrio e angústia sobre se teremos procedido ou feito o que deveríamos, como fiéis partidários da nossa própria indubitabilidade.
Conclui-se, então, que não existe o lado certo nem o lado incerto/errado. Os dois são faces da mesma moeda. Talvez bastasse lançá-la ao ar e deixar que o acaso nos desse o a resposta. Assim, nesta incerteza constante, vamos prosseguindo a vida. Nada é a preto e branco. O que parece certo para uns é totalmente errado para outros.
O ideal seria que todos pudéssemos ouvir o nosso próprio coração e viver no “agora”, seguindo a nossa intuição.
Talvez, em planos superiores, aonde muitos anseiam chegar, não existam esses conceitos distintos ditados por julgamentos e regras instituídas. A dualidade existe aqui, entre nós e neste plano.
Bastaria SER, ouvir o coração e seguir em frente sem medo.