Vou de rua em rua,
como a bola no labirinto
num tonto ziguezague.
Não procuro a saída,
sigo o rasto de um perfume
efémero, volátil
que me submerge
na absurda memória
de uma outra vida
em que tu te abrigavas
nos meus braços.
Vou de rua em rua,
como velho andrajo,
num trôpego passo.
Arrasto o pecado,
soberbo desejo de ti.