Pelo vento da poesia arrombaste as fragas da minha solidão,
Os teus dedos descortinaram o silêncio dos meus olhos,
Os morangos respiravam ofegantes nos nossos lábios,
A paixão da tua língua irrompia nos socalcos do meu corpo,
O meu sorriso deleitava-se no teu peito,
As veias do carinho pintavam memórias no nosso outono,
Mergulhemos, meu amor, na paz pela qual tanto suspirámos.


