Ah humanidade, tão vil e solitária tu és!
Onde tens a complacência e benignidade
Se no teu caminhar há tormentas e marés?
Levam-te para a morte sem dó nem piedade.
Preferia não saber, e ignorar da vida todo o mal.
És um templo em ruínas onde só ecoa a solidão,
Como um náufrago a soçobrar que vai dando sinal
E morre à sede e à fome em tristeza e indignação.
Assombro, surpresa, dizem ou será só revelação
Este comportamento antissocial que revela exclusão?
Modo diferente de agir, de pensar, pode ser autismo,
Um olhar sempre ausente caminhando para o abismo.
Melancolia aguda, diferente dos valores da filantropia
Onde a solidariedade, o bem-estar, e até a felicidade
Caminham mãos dadas em direção à dignidade e alegria
E deixam na alma e no coração, a esperança e a saudade.
Ignorar a dor de nada adianta, vamos todos nós lutar
Suplicando a Deus para que haja mais amor no mundo.
Para viver em paz e tranquilidade é preciso acreditar
Lançando sementes de amor e que este seja fecundo.


