Sabes que perecem em tendas
Juntos os corpos eram tantos
Juntas as mãos povoadas de cinza
São nada.
Para onde foram seus membros?
A pele os ossos o cabelo
As unhas sujas de lixo
Exaustas de suplicar pão
A atrocidade da sede
O caos a fome o grande ditame
Da humana podridão.
Não pecarás fazendo imolar corpos
Mas pecarás vendo imolar corpos
Calado impávido sereno.


