Dispo o meu corpo de todas as vestes
Mas cubro-o do meu espírito e mente!
Há quem murmure que tempos são estes
Onde o corpo aos pecados se desmente?
Não à luxúria, à mesquinhez e à feitiçaria
Quero estar livre de todo o mal e podridão
Viso retirar o que não gosto da memória!
Ter mais conhecimento com maior vastidão
Abomino a ira, a gula, a preguiça e a inveja
Por vezes sou amaldiçoada por estes males!
Senhor olhe-me e em tudo peço que me veja
A deambular por montanhas, planícies e vales
A soberba, a arrogância e a avareza são contrárias
Ao ótimo desempenho de um corpo saudável!
Toda a matéria é decomposta e são memórias
Que devem ficar para a posteridade inolvidável
Sou humilde, virtude de que muito me orgulho
Mansidão e generosidade são meu atributo
Na imensidade dos rios e dos mares mergulho!
De escutar a natureza em silêncio, gosto muito.


