Autor(a):

Maria Silvéria dos Martires

Mente sã em corpo são

Dispo o meu corpo de todas as vestes

 Mas cubro-o do meu espírito e mente!

Há quem murmure que tempos são estes

 Onde o corpo aos pecados se desmente?

 

Não à luxúria, à mesquinhez e à feitiçaria

 Quero estar livre de todo o mal e podridão

Viso retirar o que não gosto da memória!

Ter mais conhecimento com maior vastidão

 

 Abomino a ira, a gula, a preguiça e a inveja

 Por vezes sou amaldiçoada por estes males!

 Senhor olhe-me e em tudo peço que me veja

 A deambular por montanhas, planícies e vales

 

 A soberba, a arrogância e a avareza são contrárias

Ao ótimo desempenho de um corpo saudável!

Toda a matéria é decomposta e são memórias

 Que devem ficar para a posteridade inolvidável

 

 Sou humilde, virtude de que muito me orgulho

 Mansidão e generosidade são meu atributo

 Na imensidade dos rios e dos mares mergulho!

De escutar a natureza em silêncio, gosto muito.

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AUTOR(A)
Maria Silvéria dos Martires

Maria Silvéria Encarnação dos Mártires é natural de São Marcos da Ataboeira, Baixo Alentejo. 

Enfermeira aposentada passou parte da sua vida a dedicar-se de coração aos bebés pré-termo e de termo que ainda hoje são a sua maior inspiração. Apaixonada pela poesia nela se envolve e ajuda-a a viver os dias. Do Alentejo mantém nos sentidos e na alma o cheiro da terra lavrada, e os aromas da esteva, do poejo e do rosmaninho. 

Vive em Lisboa, mas é no Alentejo, nessa encantadora planície, que tem o seu ninho. 

Publicou dois livros de poesia: «Gritos de alma na planície rasa» e «Rebentos de Poesia» e participou em diversas antologias. 

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