Não despertes ainda, meu amor,
deixa que as minhas mãos escorram a mirra do meu desejo
reprimido pelos anos amargos de solidão
que os meus lábios procurem os contornos da tua pele
adocicada pela canela e se deleitem no mel
que sopra pela tua boca
Que os meus dedos toquem a música
escondida nas frestas deste quarto
e que os meus olhos se banhem no fogo
do teu rosto
adormecido.


