Onde começa o sopro da vida,
A fonte de onde tudo jorra,
A corrente vivificante, que quando sentida
Abre o olhar para nova obra.
Fará algum sentido
A preocupação, o tempo gasto,
Quando a diferença está no passo vivido,
No mergulhar e nadar no horizonte vasto?
Edificar sem magoar,
Por mais pequena que pareça,
Em caminho, a andar
Ponderando que boa semente aconteça.
Para além da informada vontade,
Por mapa em labor conquistado,
Há navegante liberdade
De fluir, de amar e ser amado.
Sem distinção, nem divisão,
Sem apartar, nem separar,
Apenas a fundida respiração
De, em cada momento, o horizonte abraçar.


