Seria tão fácil se não fosse complexo:
o amor, a paixão, ou qualquer emoção,
a acção, a reacção, ou qualquer expressão,
a ideia, a vontade, a saudade e o sexo.
Tudo se ramifica num ambíguo plexo:
medos?, receios?, apelo à compreensão;
falhas?, recuos?, apelo à consolação;
é com rimas e prosas este nosso amplexo.
“Levanta-te e anda!” – com ironia é dito,
“Por onde tens andado?” – questão pertinente,
“O que tens feito?” – aceito, é justo o saber.
Quiçá um romance inacabado, acredito,
fascinante é a mente, com tão belo presente,
inspiração mútua onde podemos beber?!


