Autor(a):

Maria Silvéria dos Martires

Sonoridades

Na moral sonora sem automatismo.

Irrompem nela forças conscientes;

Há sons tão genuínos e neles cismo!

Embelezam e rostos ficam radiantes.

 

Rios com os seus murmúrios sussurrantes.

Ficam no nosso ouvido de tão musicais.

Caminham e contornam pedras gigantes!

Nas suas margens ouve-se cantar rouxinóis.

 

São cantares que irrompem pela natureza.

Que nos proporcionam vistas mui sublimes.

Estes encantam e fazem esquecer a tristeza.

Têm sonoridades que só o coração exprime.

 

A moral esta repercute-se nos bons costumes.

Os sons despertam a ficar mais atentos à vida.

Que das contrariedades estejamos incólumes.

Na moral sonora existe uma experiência vivida.

 

Que esta nos traga liberdade, luz, flores e aromas.

Queria-me sentir por estes ótimos dons bafejada;

A Deus agradeço a capacidade de escrever poemas!

Ao meu amor digo “obrigada”: sou amada e desejada.

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AUTOR(A)
Maria Silvéria dos Martires

Maria Silvéria Encarnação dos Mártires é natural de São Marcos da Ataboeira, Baixo Alentejo. 

Enfermeira aposentada passou parte da sua vida a dedicar-se de coração aos bebés pré-termo e de termo que ainda hoje são a sua maior inspiração. Apaixonada pela poesia nela se envolve e ajuda-a a viver os dias. Do Alentejo mantém nos sentidos e na alma o cheiro da terra lavrada, e os aromas da esteva, do poejo e do rosmaninho. 

Vive em Lisboa, mas é no Alentejo, nessa encantadora planície, que tem o seu ninho. 

Publicou dois livros de poesia: «Gritos de alma na planície rasa» e «Rebentos de Poesia» e participou em diversas antologias. 

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